Foi Bonita a Festa





DNA à Velocidade da Luz DNA à Velocidade da Luz 





DNA à Velocidade da Luz é a primeira longa-metragem cinematográfica de Isadora Pedro Neves Marques.

Este filme segue-se ao percurso assinalável das suas três anteriores curtas-metragens de ficção, com destaque para Tornar-se um Homem na Idade Média (2022), vencedor do Ammodo Tiger Short Award no IFFR – Festival Internacional de Cinema de Roterdão, e para A Mordida (2019), prémio de melhor filme no Go Shorts, Short Waves, Sicilia Queer Film Festival e MixBrasil – Festival de Cultura e Diversidade.

O filme encontra-se na sua fase de desenvolvimento, na procura de co-produção internacional e financiamento, em simultâneo com escrita de guião e tratamento. 







A Terra recebe uma mensagem de uma civilização extraterrestre, prova de que não estamos a sós no universo. Nesse preciso momento, Lourdes e Lana decidem pausar a sua relação. ADN à Velocidade da Luz é um filme sobre a mundanidade do dia a dia e como continuar a viver perante eventos maiores do que a vida. 




SINOPSE
No lado obscuro da lua, o radiotelescópio New Arecibo recebe uma mensagem de um planeta alienígena, prova de que não estamos a sós no universo. Nesse exato momento, Lana está de volta ao seu apartamento após mais uma noite frustrante com sua namorada Lourdes. Um retrato da relação entre duas jovens mulheres nos seus vintes, ADN à Velocidade da Luz é um filme sobre a mundanidade do dia a dia e como continuar a viver perante eventos maiores do que a vida.

Lana terminou seus estudos de cinema e, sem dinheiro, esforça-se entre dois empregos, na biblioteca da escola e como assistente de Annie Barlow, artista norte-americana de sucesso. Lourdes, por seu lado, desistiu dos seus estudos e, sabendo do apoio financeiro da sua família, vive sem rumo. Contra as suas expectativas, Lana vê que apesar da escala das notícias o mundo continua a girar em toda a sua banalidade: é preciso fazer compras, cuidar da família, receber um salário ao fim do mês... A normalidade deprime-a. Por sua vez, Lourdes, habitualmente taciturna e dominada pela sua melancolia crónica, acorda para as pequenas coisas da vida.

O filme exprime uma fase da vida feita de ambições, pouca sustentabilidade económica e muitos erros, abrindo-se depois para as suas relações familiares. Enquanto cientistas tentam enviar uma mensagem de volta ao espaço com o código de ADN humano, Lourdes e Lana navegam as psicologias individuais e construções sociais que herdamos inevitavelmente das nossas famílias. Lourdes é filha de uma mulher, Mirene, e de um casal homossexual, Vicente e Carl, tendo crescido numa família não-nuclear e culta. Lana, pelo contrário, sempre tentou escapar à sua classe baixa e trilhar um rumo artístico. Distante para com a sua própria família, Lana projeta as suas aspirações e desejos de aceitação na família de Lourdes e em Annie. Mas sob a influência de vida extraterrestre, os seus papéis estão prestes a mudar.

Filme “slice of life”, em ADN à Velocidade da Luz o quotidiano é imbuído de um significado maior do que a simples naturalidade dos dias—afinal de contas, é nos pequenos gestos que se sublimam ansiedades individuais e coletivas.